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Edifício Sede da Procuradoria Regional da República da 4ª Região

2004 | Porto Alegre, RS

industrial

expografia

urbanismo

patrimônio histórico

serviços

institucional

habitação

O Projeto define-se pela solução do programa através de um edifício com oito Pavimentos-Tipo (do 3º ao 10º) sobre embasamento configurado por um único pavimento em nível com a rua (1º Pavimento/Térreo) encimado pelo 2º pavimento, em pilotis.

 

O Pavimento-Tipo caracteriza-se pela configuração de “Três Blocos” articulados pela Galeria de Circulação, desenvolvida em forma de “U” entorno de um Vazio-Interno, e servida por um “Bloco-Rígido” que abriga os elevadores, as escadas de segurança, os sanitários, as copas, os sanitários especiais e os “shafts” contendo as prumadas das instalações e utilidades prediais.

 

Dois ”blocos” são simétricos, um orientado para o Norte e outro para o Sul, abrigando todos os gabinetes dos Procuradores Regionais, o Procurador-Chefe e o Procurador Regional-Eleitoral, em condições de eqüidade arquitetônica e espacial.

 

O terceiro bloco, acessível em três lados, configura-se como um salão livre que se desenvolve ao longo da Fachada Leste confrontando com o Vazio-Interno. Este Bloco, que pode interligar os dois blocos anteriores, deverá abrigar todo o programa dos setores administrativos complementares e alguns serviços internos.

 

Os blocos encontram-se “soltos” pela Galeria de Circulação que, ao se confrontar com os espaços externos e com o Vazio-Interno, atribui ao projeto plena condição de ventilação e iluminação natural nos seus espaços centrais.

 

O esquema de circulação do andar complementa-se com um elevador reservado aos procuradores, localizado junto ao Bloco Norte, que estabelece a conexão entre os pavimentos com o Restaurante e o Centro de Convenções.

 

O Pavimento Térreo é definido por uma “rua interna” de Acesso Geral que atravessa o terreno desde a rua principal até a praça Cívica. Esta “rua”  configura-se pelo Bloco Rígido da Torre de Circulação e pelo volume fechado do Centro de Convenções (Auditório, Sala VIP, Salas de Apoio, Copa e Café) e do Protocolo Geral, Depósitos e Almoxarifados).

 

O 2º Pavimento corresponde praticamente à cobertura do volume fechado das Convenções e Depósitos e foi destinado para Cafeteria, Estar dos Funcionários e Restaurante em função da proximidade com a rua (para efeito do público externo) e o subsolo (para efeito de carga-descarga). Para a decisão do Restaurante neste pavimento também pesou relação à paisagem, isto é a cota da “copa das árvores”.

 

Foi previsto um subsolo exclusivamente para estacionamento, atendendo as exigências da legislação. Junto ao Bloco Rígido da Torre de Circulação criou-se um segundo nível para abrigar o programa técnico (Cabine Primária, Gerador, Reservatórios D’Água e Bombas de Recalque e Incêndio).

 

As áreas correspondentes aos afastamentos da construção com relação às divisas, no Pavimento Térreo, foram conservadas vazias, possibilitando a ampla ventilação do subsolo e caracterizando um pavimento “aberto”.

 

A Cobertura foi proposta como um Terraço Técnico apropriado para receber, se necessário, equipamentos destinados ao Sistema de Ar Condicionado. O piso será elevado, com placas de concreto pré-moldado, resolvendo a questão de proteção mecânica e isolamento térmico através da solução de sombreamento. Na área do Vazio Interno, uma leve estrutura metálica com cobertura translúcida na cota da Torre Rígida, garante a estanquidade, a iluminação e a ventilação permanentes.

 

Verticalmente, a diretriz adotada para a distribuição do programa foi a de localizar nos andares mais próximos ao acesso (nível da rua) as atividades que podem envolver maior afluxo de público externo e aquelas que exigem maior sobrecarga  da estrutura. Para a ocupação dos andares-tipo, a partir do 3º e até o 10º pavimento, quando os pavimentos passam a receber os gabinetes dos procuradores, associamos a diretriz inicial à intensidade das relações funcionais.

 

O Partido Arquitetônico adotado deu ênfase aos aspectos que envolvem a funcionalidade e flexibilidade da ocupação, mas ao mesmo tempo, privilegia as relações espaciais internas estruturadas pelo Espaço Vazio Central que atravessa verticalmente todo o edifício – do Térreo até o 10º pavimento – e estabelece a possibilidade de amplas visuais além da percepção do edifício no seu conjunto. Ao mesmo tempo, procurou definir a implantação de forma nítida, a partir de um marcado eixo de acesso que interliga a rua Otávio Caruso da Rocha e a Praça Cívica.

 

A solução formal é caracterizada pela volumetria pura, de linhas simples e materiais sintonizados com conceitos de eficiência, qualidade e contemporaneidade.

 

equipe

Eduardo Colonelli, Eduardo Gurian, Fábio Kassai, Gabriela R. Gurgel, Rodrigo Carvalho Lacerda

 

 

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